Vamos começar este texto fazendo algumas
continhas. A gente tem, num dia, 24 horas. Dessas 24 horas, a gente dorme, mais
ou menos, umas 8 horas; a gente tem que trabalhar, no mínimo, 8 horas, e
tiramos uma hora pra comermos e mais, chutando baixo, uma hora no caminho de
ida e volta do serviço. Então, tirando das nossas 24 horas todos esses valores
que eu disse, nos sobra um quarto do dia: 6 horas. Por que eu tenho que pegar desse
tempo precioso e único que me resta no dia, onde eu posso fazer de verdade o
que eu quero, pra gastar em oração?
Se a gente pensar assim, parece até um
tipo de punição de Deus, né? A gente peca, então a gente tem que orar pra [meio
que] pagar penitência pelos nossos pecados. Mas, na realidade, as coisas não
são assim por dois motivos. O primeiro porque penitência não existe, nada do
que a gente faça é capaz de apagar um pecadinho só que a gente tem; e em
segundo lugar porque a oração não deve ser uma penitência pra nós, muito pelo
contrário: deve ser um prazer.
A oração não é uma parte de tempo
desperdiçada, mas uma parte de tempo investida no nosso relacionamento com
Deus. Quando a gente ora, a gente não cumpre um protocolo religioso, não é uma
liturgia, mas um momento em nosso dia que a gente separa exclusivamente pro
nosso Pai. Um bate papo com Deus.
É por isso que Jesus, quando ensinou os
seus discípulos a orar, Ele nos disse o seguinte:
“E, orando, não useis de vãs repetições, como os
gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.” Mateus 6:7
Oração não é a repetição e repetição das
mesmas palavras. Você conversa com alguém assim? Então por que que com Deus
você vai ficar só repetindo e repetindo? Essa repetição não soa como um
relacionamento próximo com nosso Deus, soa apenas como um ritual religioso: eu
entro no meu quarto, repito várias e várias vezes a mesma coisa e depois saio. Onde
está o relacionamento nisso?
A oração é falar com Deus. É conversar
com Ele e apresentar a Ele o que o meu coração tem sentido; e falar do meu dia,
das minhas aflições, da minha alegria. Oração é relacionamento, e intimidade. Quanto
mais a gente conversa com uma pessoa, maior fica a amizade, não é assim? Com
Deus também, quanto mais a gente ora, mais íntimo a gente vai ficando de Deus.
E isso é tudo o que Ele quer de nós: intimidade.
Foi por isso que Jesus nos instruiu a,
quando orar, entra no teu aposento e,
fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto (Mateus 6:6). Ele
nos disse isso pra que a oração fosse algo íntimo, algo entre você e o seu
Deus. Uma conversa particular de um filho com seu Pai, onde outras pessoas não
precisam [e não devem] se intrometer.
Mas isso não significa que não podemos
orar em comunhão. Os apóstolos de Jesus foram batizados no Espírito Santo
quando oravam juntos, no templo (Atos 2); eles tinham essa prática, que com certeza
deve ser mantida, porque a oração em comunhão edifica toda a Igreja, porém,
somente ela não é o suficiente. Temos que separar um momento exclusivo para nós
e Deus apenas. Não digo “temos” como uma obrigação, mas como um conselho. Se
não falarmos com Deus, como vamos ter intimidade com Ele?
Esse dias atrás, enquanto participava do
Retiro de Carnaval da minha Igreja, Deus falou algo interessante ao meu
coração, que eu pude dividir com a Igreja naquele dia. Deus me falou que a
oração é “buscarmos a Deus”. Mas, sabe, já nos acostumamos com o termo “buscar
a Deus”, então Deus trocou a palavra pra mim. Ao invés de “buscar”, Deus me
disse que a oração é “procuramos a Deus”.
Será que você consegue entender? Orar é
exatamente isso! É entrarmos em nosso quarto, trancarmos a porta e procuramos a
Deus, abrir o coração e dizer: Deus, estás aqui? “Preciso de Ti! Fala comigo!
Visita minha vida! Não vou sair daqui enquanto eu não te encontrar, pois eu
preciso de Ti.”
Precisamos buscar.. digo, procurar mais
a Deus. Precisamos investir tempo nessa procura. Nossa geração tem sede de
Deus, e nós, que somos filhos d’Ele, não temos compartilhado porque nós mesmos
não temos encontrado Ele. Sabe por que não temos encontrado Deus em nossos
dias? Porque não temos procurado por Ele. Será que você entende agora a importância
de orarmos sempre, sem nunca desfalecer?
Espero que esse texto te motive a orar.
Quando você for orar, não pense que você vai falar sozinho e não vai ter
resposta nenhuma; procure a Deus, busque-O e lembre-se de que a Bíblia diz:
“e, o que busca, encontra;” Mateus 7:8
Abraços, Deus
abençoe você!!
Denian Martins
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