Isaque!

Ele aguardava impaciente a alguns metros de distância. Andava para lá e para cá; sentava... tornava a levantar-se e a repetir o rumo: para lá e para cá, para depois sentar-se novamente. O sol raiva com força para fora da cortina da tenda, embora o dia já estivesse para acabar; seus olhos contemplavam o horizonte. De repente ouviu-se mais um grito de horrenda dor; ele tornou a levantar-se, mas agora para se dirigir à porta da tenda, de onde ele esticou o pescoço para espiar. A tenda estava movimentada, as cortinas mexiam-se, mas a cortina estava fechada e só dava para se perceber a silhueta das servas que, com cuidado, tinham a situação sob controle. A ansiedade crescia a cada novo grito que ele ouvia. A tenda parecia ser pequena para conter-lhe; seu peito parecia ser pequeno para conter o coração tão acelerado; até mesmo a túnica parecia lhe incomodar. De todo o tempo em que ele havia esperado, aquelas horas foram as mais longas, pareciam ser infinitas e não terem fim...