Vocês já pararam pra pensar no que
diferencia a Igreja de hoje em dia com a Igreja primitiva? Acho que uma das
grandes diferenças [e também uma das mais importantes] está quando pensamos nos
frutos de cada uma. Quais eram os frutos da Igreja primitiva? Quais são os
frutos da Igreja [digamos] contemporânea? Não eram pra serem os mesmos, já que
servimos ao mesmo Deus, que não muda com o passar dos anos?
Sabe, o objetivo de Deus com a Igreja de
hoje é o mesmo objetivo que Ele tinha há quase dois mil anos atrás, quando Ele
tratou de unir os pescadores e humildes do povo: Ele ainda quer salvar as pessoas, e vemos que isso bem acontecia
quando falamos da Igreja primitiva. Em Atos, diversos são os relatos de pessoas
se convertendo em massa, mas me questiono se esse seria o relato da Igreja
contemporânea, caso ele fosse feito. Por que as pessoas não tem se convertido
em massa, como antes? Qual tem sido a nossa falha.
Acho que, entre muitas qualidades dos
primeiros cristãos do mundo, uma das que mais sentimos falta hoje em dia é a
autenticidade. Os cristãos não se
envergonhavam de ser quem eram e crerem em Quem criam, mas e eu e você? Nós
temos sido autênticos no mundo, ou estamos apenas ali, nos camuflando para que
ninguém descubra qual é a nossa fé e nem o Deus a quem servimos?
Embora eles fossem perseguidos, ridicularizados,
maltratados e desprezados, eles não se envergonhavam, pois amavam a Jesus e
sabia muito bem a que Deus serviam, ao Deus que também foi perseguido,
ridicularizado, maltratado e desprezado por amar a eles. E nós?
É maravilhoso vermos na Bíblia que, até
os Evangelhos, Jesus era o personagem principal e os discípulos sempre ao lado,
coadjuvando, mas a partir de Atos, são eles os que vão, que pregam, que curam e
que fazem, pois é isso que Deus quer da Igreja: que ela vá, faça e não se
amedronte e nem se envergonhe de quem é e a Quem serve.
Irmãos, uma Igreja acovardada não converte ninguém. Uma Igreja que não é
autêntica, que não tem a coragem de mostrar ao mundo pra que veio não tem a
capacidade de persuadir as pessoas à sua fé, afinal, ela mesma precisa ser
convencida a respeito. E acho que essa é a palavra chave quando nos tratamos
desta Igreja acovardada: convencimento. A
Igreja amedrontada é convencida, não convertida, e corre o risco de perder
a sua fé, tal como o terreno cheio de espinhos da parábola do semeador.
“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela;” Mateus 16:18
Precisamos ser essa Igreja que saqueia o
inferno, que se levanta e muda a situação; a Igreja que muda o mundo e não
deixa que este a mude. A verdadeira Igreja de Jesus, a autêntica Igreja de
Jesus, que não se envergonha de ser quem é e nem de servir ao Rei dos reis e
Senhor dos senhores.
Precisamos nos alegrar quando vermos
alguém ridicularizando a Igreja na TV, nos programas de comédia e talk shows, e
não tentarmos mudar para agradarmos ao mundo. Não temos que seguir a tendência
da moda do mundo, nem seu “estilo” de vida, mas precisamos viver de acordo com
a Palavra de Deus e debaixo da orientação do Espírito do Senhor. Uma Igreja autêntica mudará o mundo onde
está.
Irmãos, não se enganem: o mundo jamais
irá mudar se a Igreja não se posicionar nele. E como devemos nos posicionar?
Impondo a nossa visão de mundo? Não, não serão com meras palavras que as coisas
irão mudar, mas quando anunciarmos o Evangelho, que tem poder transformador, e
também quando o vivermos autenticamente, sem vergonha ou medo. Somente assim as
pessoas serão impactadas e se converterão.
Que repouse sobre nós, sobre a Igreja
contemporânea, não o desejo de agradar aos homens, mas a coragem de agradarmos
a Deus, independente da opinião dos homens. Que repouse sobre nós a ousadia do
Espírito Santo para pregarmos o autêntico Evangelho, que salvará as vidas do
inferno. Que repouse sobre nós a unção do Senhor. Eu creio!
Abraço, Deus
abençoe você!
Denian Martins
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