E aí, leitores do blog? Tudo bem com
vocês? Vocês nunca se perguntaram: o que é servir a Deus? Ou melhor, vocês
nunca fizeram a seguinte pergunta: será que eu não serviria melhor a Deus se eu
vivesse 24 horas por dia num culto, no altar do SENHOR, O adorando? Quem não
gostaria de viver assim, não é mesmo? Mas se fosse para ser assim, Deus
recolheria as nossas vidas no momento em que O recebêssemos como Salvador das
nossas almas.
Sabe, antigamente muitas pessoas achavam
que servir a Deus seria fazer exatamente isso que eu disse, se isolar para
viver apenas de buscar a Deus; e de fato muitos ainda pensam assim, por isso
existem os monastérios, aqueles lugares longe de tudo onde vivem pessoas que
dizem estar buscando a Deus. Mas será que essa é a vontade do SENHOR para as
nossas vidas, que deixemos tudo para trás para ficarmos isolados numa casa com
o intuito de O buscarmos?
Hoje, vi uma cena que me chamou a
atenção para esse pensamento que estou compartilhando. Eu estava na esquina pra
atravessar a rua quando vi um sacerdote dirigindo seu carro, e o Espírito Santo
me fez pensar a respeito do seguinte: lá estava um sacerdote, correndo atrás
dos assuntos da sua igreja, enquanto o povo em si corre atrás das preocupações
comuns. Lá estava um homem que diz ser Deus e, por causa disso, corria atrás
apenas de coisas superiores, deixando para o resto do mundo, para a “ralé”,
coisas pequenas demais para que alguém que é sacerdote de Deus corresse atrás.
Mas isso não está certo, porque nem
mesmo o próprio Deus, que é Altíssimo e está assentado sobre tudo e todas as
coisas, agiu desta maneira quando deixou toda a Sua glória e se rebaixou à
nossa condição.
“Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens,
homem de dores, e experimentado nos trabalhos” Isaías 53:3
O Senhor Jesus estava na glória, como
todo resplendor e majestade, mas deixou essas coisas de lado por um tempo para
vir à Terra, se rebaixar à condição humana. E, diferente do que muitos pensam
sobre um Deus majestoso, Ele não escolheu nascer em palácios e ter uma vida boa
[afinal de contas, Ele é mais que digno dessas coisas], pelo contrário, Ele escolheu
nascer humildemente para nos ensinar como devemos viver.
Além disso, o Senhor Jesus também não
foi viver em monastérios, ou se envolveu com os principais religiosos da época,
não, mas Ele esteve entre o povo e, antes de três anos de ministério, Cristo
viveu outros trinta no anonimato.
Muitas vezes, por vivermos há muitos
anos servindo a Deus, somos levados a criarmos ao nosso redor uma bolha
imaginária, acreditando que devemos nos envolver apenas com os assuntos
espirituais, apenas com as questões maiores, para deixarmos que as coisas
concernentes a qualquer um fique com outros, e então Deus vem e estoura essa
bolha, para que voltemos com os pés no chão para compreendermos que somos
pessoas comuns como quaisquer outras, e mais, para entendermos que essa é a
vontade d’Ele para todos nós.
Você lembra o que eu escrevi no começo
deste texto, dizendo que se o SENHOR quisesse que nós O servíssemos 24 horas
por dia, Ele nos levaria para a glória? É exatamente isso. Deus quer que nós O adoremos no domingo à noite, mas Ele também quer
que na segunda-feira estejamos em nossos trabalhos e mais, Ele quer que
usufruamos disso, pois Ele veio para nos dar vida com abundância.
A pregadora americana Joyce Meyer que
costuma dizer que temos o Espírito Santo e isso é suficiente para usufruirmos
de uma tarefa prazerosa e de uma tarefa que não nos dê prazer. Jesus não veio reunir os “especiais” numa
bolha de superioridade, mas Ele veio para que todas as pessoas possam viver
bem, independentes de sua condição.
Por isso é tão errado trocarmos o
Evangelho puro e simples por essa “Teologia da Prosperidade”, que tem assolado
as Igrejas e destruído vidas, porque Cristo não veio para que fôssemos ricos,
mas para que vivamos felizes em qualquer situação das nossas vidas, seja na
riqueza ou na vida comum, seja estando em Sua casa ou em nosso trabalho.
Na verdade, essa é a vontade de Deus:
que vivamos tão bem em meio as coisas comuns da vida que as pessoas venham a
perguntar a razão de nossa esperança, para que anunciemos o nome de Jesus, que
está sobre todo nome.
“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido,
com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser
pisado pelos homens.” Mateus 5:13
Ora, o sal só faz diferença se for
inserido na comida, no saleiro ele não faz diferença alguma. Que estejamos
revestidos do Espírito de Jesus para usufruirmos de todas as tarefas das nossas
vidas, de maneira a levar a paz de Cristo àqueles que ainda não tem salvação.
Um
forte abraço!
Que
Deus te abençoe!
Denian
Martini, o cronista.
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