Sem rumo... Sem destino...

- Pra onde você está indo? - Pra minha casa, você sabe. - Não é disso que estou falando... Eriberto hesitou por um instante. A porta era muito convidativa, mais dois passos e ele estaria na rua novamente, tomando o rumo que quisesse, sem ninguém pra lhe ficar enchendo a paciência, querendo controlar a vida que era dele, somente dele e de mais ninguém. Mas, de alguma maneira, ele sentiu que deveria ficar. Ele, então, apenas virou-se e contemplou o amigo. Não mudara nada, mesmo com o passar dos anos... - Pra onde você está indo? - Oh, por favor... vamos poupar os discursos e os sermões. Apenas permita que eu volte pra minha casa. - Olhe pra você, Eriberto. Olhe pra dentro de si. Assuma: você está sem rumo. Eriberto deu de ombros novamente. Mas, decidiu enfrentá-lo. - Por que? Por que você diz isso? Só por que não segui na sua “igrejinha”? Só por que não vou aos cultos, não levanto minhas mãos para dar “glórias”? Por isso? Me poupe, Cássio... eu fui muito tempo na I...