A glória dos homens x A glória de Deus


Os judeus sempre creram que o Messias viria com poder e grande glória. Para uma nação menosprezada e subjugada por um império maior, naquela época o Império Romano que comandava a região, essa visão de Messias caía como uma luva. Para eles, quando o Messias nascesse, Ele reivindicaria o trono, reinaria sobre Israel e faria dos judeus o povo mais próspero da Terra, reinando sobre as outras nações. Essa visão messiânica está presente até os dias atuais na crença judaica.
O fato é que, quando Jesus nasceu, as coisas não foram exatamente como se imaginava. Aquele que se dizia Messias era pobre, andava com os que eram conhecidos como os “pecadores” [ cobradores de impostos, prostitutas, etc... ], realizava milagres nos dias que a lei mosaica proibia e ainda chamava o próprio Jeová de Pai.
Agora, imagine o nó que dava na cabeça dos judeus! Parecia que tudo estava ao contrário daquilo que, por centenas de anos, havia sido ensinado nas sinagogas. É natural que o povo ficasse um tanto confuso; muitos criam em Jesus, dizendo: “quando o Cristo vier, fará mais sinais miraculosos do que este homem fez?” (Jo 7:31)
E era exatamente isso que Jesus pretendia que acontecesse. Tudo bem, no começo todos ficariam confuso, mas depois, ao verem cegos enxergarem, o pão se multiplicar e, até mesmo, os mortos ressuscitarem, todos diriam: realmente o Reino de Deus chegou, e este é nosso Messias. Tanto que, em determinado momento, Ele disse: pelo menos creiam por causa das mesmas obras. (Jo 14:11)
“Olha, eu sei que vocês achavam que as coisas seriam diferentes, mas não são; e vocês estão vendo todos os milagres que Eu tenho realizado, por intermédio do Pai. Então, se vocês não acreditam por tudo o que eu tenho ensinado, acreditem pelo menos pelos sinais que eu tenho feito.”
Mas as coisas não foram assim; e o resto da história, já conhecemos: crucificaram o Messias e permanecem até hoje esperando por Aquele que, há dois mil anos atrás, já se revelou ao mundo. Sabe, por vezes eu já me questionei: por que os judeus não creram?
“Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.” João 12:43
Todas as profecias a respeito do Messias foram cumpridas em Jesus Cristo, porque, de fato, Ele é o Messias, o Filho de Deus; mas os judeus não creram, não creram porque eles não queriam um Messias pobre, pregando a salvação aos humildes e abatidos do povo. Não! Eles queriam um rei de acordo com a glória dos homens.
Jesus nunca veio para atrair a glória dos homens, Ele veio manifestar a glória de Deus, e essa glória é diferente da dos homens.
Pra gente, a pessoa que tem glória é como aqueles artistas da TV, afinal eles andam sempre com as roupas que mais combinam, com o corte de cabelo que é o mais bonito e estão sempre de boa aparência. E nem adianta você dizer que não é assim porque você sabe que é; só que pra Deus, as coisas não são assim.
A glória de Deus não se manifesta nas roupas bonitas, nos melhores cortes de cabelo e na aparência. A glória de Deus se manifesta nos milagres, nas transformações de vida; se manifesta no traficante que largou tudo porque encontrou Jesus; naquela família desestruturada que, aos poucos, aprendeu o que é o amor nos braços de Deus; naquele infiel que se arrependeu e foi mudado pelo Espírito Santo.
Isso não significa que Deus não é cheio da glória e honra, pelo contrário, Ele é o mais majestoso do Universo, o Criador de todas as coisas, e digno de toda a adoração por toda a eternidade. Mas isso é no mérito espiritual.
Pois, afinal, me diga: de que adianta o ministério de louvor ser cheio de pompa, se as pessoas não são tocadas pelo Espirito Santo quando ouvem suas canções? De que adianta o pastor ser um dos mais conhecidos na atualidade, se os perdidos não se convertem mais ao ouvirem suas pregações? De que adianta a Igreja ser a mais bonita, se a Presença de Deus não é mais real durante as suas reuniões?
É melhor estarmos cheios da glória de Deus do que da glória dos homens; é preciso amar muito mais a glória de Deus do que a glória dos homens. Entendeu?
Abraços, Deus abençoe vocês!

Denian Martins.

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