E aí, leitores do blog? Como vocês estão?
Tem se tornado corriqueiro aqui no blog eu escrever um texto e, uma semana
depois, eu aparecer com um tipo de continuação daquilo que escrevi na semana
anterior. Olha, eu digo pra vocês de todo coração que não faço isso de propósito,
na verdade eu tento até mesmo escapar e escrever outra coisa, mas no final das
contas acabo me rendendo, afinal, eu não posso deixar de escrever a respeito
daquilo que Deus tem falado em meu coração, não é mesmo?
E essa semana eu voltou a ministrar em
meu coração a respeito de como eu devo ver as coisas, no caso, como eu devo
enxergar a mim mesmo. Semana atrás eu tive a oportunidade de pregar a respeito
disso em minha Igreja, mas ainda assim Deus falou algo diferente ao meu coração,
isso tudo através do exemplo de Abraão.
Quando Deus chamou o pai da fé, ele
ainda tinha o nome de Abrão. E, corajosamente, ele tomou o passo de fé e seguiu
para a terra que o SENHOR lhe havia ordenado ir, trazendo consigo sua esposa e
servos e seu sobrinho Ló. Acontece que Ló e Abrão tinham muitas propriedades e
animais, e seus servos começaram a ter problemas, quando os dois decidiram se
separar, esse trecho está narrado no primeiro livro da Bíblia, em Gênesis 13, a
partir do versículo 7.
Para separarem-se, Abraão deixou que o
sobrinho decidisse para qual lado iria, que ele iria para o oposto, e Ló, como
não era bobo nem nada, decidiu ir para o lado que era mais bonito, cheio de
pastos para o seu gado, deixando o tio Abrão com o que restava. Podemos dizer
que Ló andou por vista, caminhando por onde ele tinha a certeza de que era bom pelo
que ele via, enquanto Abrão, mais uma vez, era obrigado a caminhar pela fé, por
onde ele cria que era bom, embora não visse isso com os próprios olhos.
Consequências dessas escolhas: Ló foi
morar pelo lado mais pecaminoso que existia, onde ocorreu uma guerra e ele foi
levado escravo, sendo salvo somente pelo tio Abrão. Mais tarde, quando o SENHOR
decidiu destruir a Sodoma e Gomorra, Ló saiu de lá sem mais nada além das duas
filhas, que nos versículos seguintes mostram terem aprendido os erros
pecaminosos dos cidadãos daquele lugar.
O cara chegou lá chegou no lugar cheio
de servos e bens, e saiu de lá miserável, nem a sua família estava completa. Triste
né? Basicamente o mesmo que aconteceu com Noemi, sogra de Rute. Deixou Israel com
sua família para habitar em terra estranha, e quando ela voltou, tudo o que
tinha era uma nora que, gentil e amorosamente, se apegou a ela. A própria Noemi
chega a dizer em Rute 1:21 que ela saiu rica e voltou pobre, sem nada.
Muito trágico, você não acha? Tudo isso
pode ensinar-nos uma simples lição, que cabe num pequeno versículo que aprendi
a decorar nos últimos dias:
“(Porque andamos por fé, e não por vista).” 2
Coríntios 5:7
Andar pelo que vemos significa andamos
confortáveis, seguindo à nossa natureza, porém, nosso chamado é exatamente o
contrário: negarmos à nossa natureza, que é pecaminosa, e seguirmos a Deus, e
isso só é possível através da fé!
Você não foi chamado para viver nesse
mundo aparentemente confortável, mas você foi chamado para viver pela fé e, se
é pela fé que você vai viver, você foi
chamado para fazer o que é certo, mesmo quando aparentemente as coisas parecem
não fazer sentido algum, porque quando o assunto é fé, o que vemos não significa nada.
Lembra quando eu disse, na semana passada,
que devemos enxergar tudo com boa perspectiva, mesmo quando não entendemos?
Fica mais fácil vivermos assim quando entenderemos que andamos pela fé, e não
pelo que vemos. Queria poder fazer vocês entenderem isso exatamente como faz
sentido dentro da minha cabeça, rs.
Imagine como Abraão se sentiu ao ficar
com a pior parte das terras? Imagine como se sentiram Ló e Noemi ao escolherem
um lugar aparentemente melhor? Agora, lembre-se de que, no final das condas, Ló
e Noemi perderam tudo, e saiba que é exatamente disso que o SENHOR quer nos
proteger quando nos faz andar por caminhos que, aos nossos olhos, parecem ser
os piores. Hoje parecem caminhos ruins, mas amanhã ou depois nós veremos que
foi a melhor escolha.
Não estranhe se
você faz tudo corretamente e, mesmo assim, as coisas parecem sempre estar
erradas.
Na verdade, se isto tem acontecido com você, dê pulos de um metro de alegria, porque
você está vivendo pela fé, acreditando mesmo quando tudo leva a não acreditar.
Agora, se todos os seus prazeres estão sendo satisfeitos, mesmo você
aparentemente estar numa Igreja, então questione se os caminhos que você tem
trilhado são realmente os caminhos do Rei.
Porque aqueles que deram suas vidas para
que Cristo guie têm que aprender a andar sem enxergar o caminho; têm que
aprender a primeiro darem o passo, para que somente depois Cristo providencie o
chão. Isso se chama: fé!
Um
forte abraço!
Que
Deus te abençoe!
Denian
Martini, o cronista.
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