Naquela manhã

O relógio despertou. Quando olhou para o lado, os números marcavam um horário que não era nada convidativo, mas ele despertou mesmo assim. Ele queria preparar o café e apanhar algumas flores no pequeno jardim em frente à casa que eles moravam. Queria fazer uma bandeja e trazer na cama para ela: Ester! Sua sorte era o fato dela não despertar com relógios. Bem devagarzinho, ele tirou o primeiro pé da cama e, em seguida, tirou o próximo. Lentamente ele foi tirando a mão direita, que estava debaixo da cabeça dela, quando ela se mexeu. Ele ficou parado alguns instantes, esperando que Ester não tivesse acordado e não tivesse sentido os movimentos. Enquanto esperou alguns instantes, lembrou-se de quando se conheceram. Numa tarde chuvosa de verão: ele todo molhado porque saíra de casa desprevenido, e a chuva perspicaz o tomara em cheio; enquanto corria de bicicleta para não se molhar mais, levou um tombo e caiu, ralando os joelhos e parte do braço direito. Ela estava passando d...