O Julgamento

Era uma sala bem ampla e redonda, a mais bela de todas as outras, de paredes marrons e um teto num tom bege bem claro; os detalhes das portas e dos acabamentos eram feitos da mais bela madeira maciça, qual nunca se tinha visto. Os pisos eram reluzentes, pareciam ser de ouro, e davam um charme a mais em todo o ambiente.

No teto, lustres que eram dignos de reis espargiam a luz para toda esta enorme sala, proporcionando leves impressões de degradê que escorriam pelas paredes, mas os pisos dourados não permitiam que esta se tornasse uma sala de tribunal escura.

Desde o fundo da sala, havia fileiras de cadeiras, com sete cadeiras cada fileira, que era o lugar do público, aqueles que iam à corte assistir aos tribunais e julgamentos. Após a última fileira, havia uma pequena grade de madeira, que separava o lugar dos advogados do lugar do público.

Logo após a repartição de madeira, estavam duas mesas com cadeiras de costas para o público, e de frente para o Justo Juiz. Na mesa da direita, era o lugar do Advogado de defesa, na da esquerda o lugar do advogado de acusação.

A frente de todos os presentes estava um grande Trono Branco, o maior tono de todos os reis que já existiram. Assentado no Trono estava o Justo Juiz, com seu martelo de ouro nas mãos, que Lhe servia para dar a sentença final. Ao lado do grande Trono Branco, uma humilde cadeira onde assentava-se o réu.

Assim era a sala do Tribunal, que naquele dia estava com as cadeiras esgotadas, e muitos permaneciam em pé para assistir ao grande julgamento, um dos mais importantes de todos os tempos. O Justo Juiz já apresentava-se diante de todos, o Advogado de defesa e o de acusação também, então chamaram o réu.

- Convocamos à presença desta corte o réu; que entre o homem acusado – quem disse isto era o Agente de Justiça, Sua presença naquele ambiente levava todos os presente a adorarem ao Justo Juiz e a anelarem para que a Justiça se realiza-se em mais este ambiente.

Abriram-se as portas e entrou. Suas vestes eram sujas de toda a imundícia do pecado e daquilo que é abominável, estavam rasgadas por causa de suas desventuras na jornada dos anos. Ele estava todo machucado por ter caído em armadilhas e tropeços, como quem anda nas trevas, sem luz.

Colocaram-no na cadeira do réu, e começou o julgamento. Então levantou-se o advogado de acusação, mais conhecido como trapaceiro e mentiroso, e ele começou suas afirmações, lançando em rosto de todos os delitos do réu.

Logo em seguida, levantou-se o Advogado de defesa, conhecido por não perder nenhuma causa. Este trouxe os seus argumentos para que o réu saísse inocente deste tribunal. Foi um julgamento muito cumprido, até que chegou o momento dos argumentos finais, onde cada advogado deveria dizer suas últimas palavras antes do veredicto. Então, foi o advogado de acusação:

- Este, desde seu início foi corrompido, começou bem, mas seu fim foi ridículo – disse ele com sarcasmo, e dando uma curta gargalhada. Ele mentiu, roubou a Deus, pois não entregou seus dízimos, invejou, foi orgulhoso e em alguns momentos se aproveitou da bondade dos alheios, tudo isto sendo pecado. E o Livro da Justiça, em Romanos 6:23 diz: o salário do pecado é a morte.

Então, ele dirigiu-se ao réu e lhe disse: Morte é o que lhe resta, Humanidade. Neste momento, levantou-se um alvoroço em toda a sala, tendo o Justo Juiz que conter a falação. O Réu, neste momento, abaixou a cabeça, mostrando arrependimento por todos os erros. O Advogado de defesa levantou-se e disse:

- Este homem cometeu sim os pores erros, mas sob a mentira da grande serpente, que é astuta e especializada em perverter corações. Mas ainda há esperança para ele, se ele se arrepender de todos os seus erros, há esperança. Ele pode ser inocente, depende agora de seu coração, pois o Livro da Justiça diz, em Romanos 6:23: porque o salário do pecado e a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna.

- E ainda mais – continuou Ele; também diz em Romanos 5:20: onde o pecado abundou, superabundou a graça; e em Efésios 2:08: pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Também em Joel 02:12-13: Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração; e isto com jejuns, e com choro, e com pranto, e rasgai o vosso coração, e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao SENHOR vosso Deus; porque Ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal. Você se arrepende?

Todos estavam em silêncio, quando o réu responde: sim, me arrependo. Então o Justo Juiz  disse: ele é inocente, mas os seus erros devem ser castigados, por isso entrego o Meu Filho Unigênito, que é o Advogado de defesa, para que nele se cumpram os castigos que estavam sobre este réu. Caso encerrado, disse ele, dando a martelada final.

A sala transformou-se em um alvoroço. O advogado de acusação estava inconformado, por perder mais esta causa, que parecia já estar ganha. Então, trocaram as vestes do réu, lhe deram vestes novas e limpas, mais alva que a neve. Em suas feridas passaram vinho e óleo, e o trataram.

Porém, ao Advogado deram uma coroa de espinhos e uma cruz para carregar, cruz que já trazia em si o peso dos pecados deste réu. O Filho do Justo Juiz se fez maldição para salvar um homem que era condenado, sendo assim, cumprida a Palavra do Livro da Justiça (agora chamado também Livro da Vida) que diz em Isaías 53:05:

“Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído elas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”

Mas faço-lhe uma pergunta: você sabe quem era este réu? Este réu era você. Os seus pecados estavam ali na cruz que o Senhor Jesus Cristo carregou, e a morte eterna é uma realidade que você pode esquecer, se entregar o seu coração a Ele, e deixar que o Espírito Santo te tome e conduza a sua vida.

Não mais acusações ou o peso do pecado sobre os seus ombros, mas dias carregados de vida, vida abundante e plena, da qual só experimenta aqueles que têm seus pecados lançados sobre a cruz do Senhor Jesus Cristo. Abra o teu coração, e deixe Cristo entrar e realizar esta maravilhosa obra. Não esqueça as Palavras do Criador:

“Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa.” Atos 16:31b

Deus abençoe!!