Festa no céu


Foi de repente, como num abrir e fechar de olhos. Foi como se um estrondo magnífico começasse lá ao longe e, como uma daquelas “ôlas” de campo de futebol, fosse indo cada vez mais e mais longe. Foi um estrondo silencioso; foi uma alegria imensa que começou no trono e foi se espalhando até que tomasse todo o céu.
- Alegrai-vos! Alegrai-vos – foi o bradar que fora dado. A Voz ecoava por toda a Eternidade.
Então foram vistos anjos e mais anjos que dançavam pelos céus dos céus; com suas vestes colossais e brilhantes cortavam a imensidão, de um lado ao outro. Miríades e miríades dos exércitos celestiais sincronizados proporcionavam a todos um espetáculo a parte. Elas se reuniam em batalhões, de fileiras incontáveis, em colunas de seis e, algumas vezes, de cinco. Exércitos sem fim.
Duas dessas miríades, de repente, pareceram que colidiriam nos ares. Foram de encontro a toda a velocidade, uma com a outra e, ao se aproximarem mais e mais, antes que se encontrassem a toda a força, os que estavam a direita fizeram um movimento circular a esta direção e, da mesma forma, os que estavam à esquerda, de modo que formam um lindo espiral de todas as cores, que resplandeciam e espargiam a alegria.
Este foi apenas um dos movimentos, de apenas dois grupos de miríades; os céus estavam tomados de todos os tipos delas que, em acrobacias muito mais elaboradas e impossíveis de serem realizadas neste mundo, explodiam por todas as partes.
Porém, ninguém parecia assistir a dança dos seres celestiais. Ao invés disso, todos se abraçavam e trocavam palavras de alegria e gratidão. Todos aqueles santos, com suas vestes alvas e, em seus rostos, sorrisos incandescentes. Não havia entre eles um sinal de impureza, de mácula ou qualquer tipo de ruga e amarroto. Tudo era tão belo e tão aconchegante, mas não era enjoativo, como costuma ser quando tudo vai bem demais nas histórias que lemos; não, de maneira alguma, era convidativos e perfeito.
Ora ou outra, um anjo parecia se perder de seu esquadrão. Quem assistisse a tudo assim de longe diria mesmo que eles se perdiam, mas aquele que observava com cautela sabia que tudo estava sendo dirigido pelo Espírito, como as coisas sempre são. Eram então que esses anjos davam rasantes e piruetas por cima dos santos, que erguiam as mãos e davam brados de júbilo e vitória.
Por toda a parte, em todos os lados, podiam se ouvir os grandes vivas ao Rei Soberano e ao Justo Filho de Deus. “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, de eternidade em eternidade” diziam uns, outros cantavam “O SENHOR reina; está vestido de majestade”; e muitos mais brados de glórias eram dados, em sons e línguas jamais conhecidos.
Tudo era puro, tudo era perfeito, tudo era santo e santidade.
E, do Trono, do grande Trono do Eterno, ouvia-se por toda a Eternidade:
- Alegrai-vos. Alegrai-vos comigo. Porque mais um filho Meu que estava perdido, foi achado; que estava morto, reviveu.

***

Numa pequena oca, no interior do Amazonas, diversos indígenas celebravam com gritos e danças típicas enquanto, na frente da reunião, um rapaz, ajoelhado, repetia as orações feitas por um missionário, dizendo:

"Pai, pequei. Perdoa meus pecados, me arrependo de todos eles. Eu sei que Jesus é Seu filho e creio que Ele pode me salvar. Escreve meu nome em Teu livro, envia-me o Teu Espírito e dá-me uma nova vida. Em nome de Jesus. Amém."
“Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende” Lucas 15:7
Abraços, Deus abençoe vocês!
Denian Martins.

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