O
pastor, dona Vera e Clarinha estavam saindo da EBD quando foram intimados por
Maikão a irem na sala de reuniões, onde mais quatro pessoas esperavam por eles:
Camila, Pedro, Flavinha e Thomas.
-
Mas isso é formação de quadrilha – o pastor disse brincando, ao entrar na sala,
mas não surtiu o efeito esperado. Todos permaneceram sérios.
-
Pastor... tipo, com todo respeito... o que for dito aqui, deve permanecer
aqui...
-
Ai, Maikão, falando assim você assusta a gente – Vera disse, sempre preocupada.
-
Pois bem, o que vocês querem falar conosco? – o pastor perguntou, sempre
sensato.
Todos
se entreolharam, e Pedro sentiu-se na obrigação de ir à frente falar.
-
Só me prometam que não irão me matar depois de eu contar tudinho.
Então,
começando desde o primeiro bilhete que ele encontrou, no qual Rick e Camila marcavam
a primeira reunião pra decidirem como Rick pediria Lorena em casamento, Pedro
contou como eles pensaram que Rick estivesse tendo um caso com Camila, de como
ele contou isso a Maikão, de como Lorena também desconfiava e... enfim, contou
tudo.
A
cada nova palavra que o rapaz falava, o rosto de dona Vera ia fazendo as mais
variadas expressões. Até ele contar da briga que acontecera na noite anterior,
entre o casal.
-
Tá vendo, Ludovico, eu disse que não era normal o Rick faltar de uma Escola
Bíblica. E vocês, hein?! Que papel mais ridículo vocês fizeram!
-
Vera, acalme-se. Garotos, obrigado por falarem conosco, vamos tomar todas as
providências para....
-
Então, pastor, por isso mesmo que chamamos o senhor aqui... a gente tem... meio
que... uma ideia pra unir os dois de novo. A gente só precisa da permissão do
senhor pra fazer isso hoje à noite, durante o festival.
Todos
estavam na expectativa da resposta do pastor, que pensou por alguns minutos e
fez uma expressão muito séria que desanimou o grupo.
-
Creio que não devemos envolver a Igreja nesse assunto particular, Maikon.
Entendo que vocês queiram ajudar o amigo de vocês, mas é melhor que a Igreja
não se envolva nesta confusão.
-
Mas pastor – Camila veio à frente – o Rick ia pedir a Lorena em casamento
durante o festival... ia envolver a Igreja.
-
Era uma situação completamente diferente, e ele nem havia me dito nada ainda.
-
Mas é a única chance que a gente tem, pode ser que depois a Lorena já se mude
pra São Paulo – todo o grupo tentava apelar pro emocional, mas nada parecia
mudar a decisão do pastor.
-
O que vocês pretendem? Pedir desculpas pra eles em público e tudo vai ficar
numa boa?! – Dona Vera falava indignada – olha, garotos, vocês me
decepcionaram! Sinto em dizer.
-
Nós decepcionamos o Rick e Lorena também, dona Vera, por isso queremos nos
retratar... – Pedro disse.
-
Vamos pai... mãe... deixa! – Clarinha pedia.
O
pastor pensou mais alguns instantes e, a contra gosto da esposa, perguntou:
-
O que vocês pretendem fazer?
***
-
Filha... você tem visita! – E Flavinha foi entrando no quarto de Lorena, já
abraçando a amiga...
-
Bonita, que roupa é essa?! Vai estrear a tendência pijama nos festivais de
música? Hahaha...
-
Flavinha, eu não vou hoje... não tem clima pra isso depois de ontem. Você tava
lá e viu tudo, não viu? Não quero nem pensar em olhar pra cara dele. Sabe,
Flavinha, o pior de tudo é que mesmo ele tendo feito isso pra mim, e ainda amo
ele. E tem a Camila... nem sei como falar com aquela cobra! Acreditei tanto
nela!
-
Olha, Lô, eu te entendo completamente, mas não acho nem um pouco justo você ter
trabalhado tanto por esse festival, e ficar em casa. Olha, se você quiser, eu
fico do seu lado e não deixo ninguém se aproximar... falo que é por causa do
seu pé! Por favor... favorzinho!!!
Lorena
riu, e pensou alguns minutos em silêncio.
-
Eu vou... por Jesus, e pela Igreja que sofre.
-
Isso! – Flavinha disse feliz, já pegando o celular e postando no recém criado
grupo de WhatsApp “Operação R & L”: Lorena
vai... consegui. Tom, é com você. Thomas respondeu: eu sei, eu sei... tô aqui na casa dele... orem pra dar certo!
-
Hm... você – Dona Vera disse, nada receptiva, eu ver o rapaz na porta de casa –
pode entrar né? – Thomas foi entrando – tá aí com você?
-
Sim, no meu bolso...
-
Bom, fique claro que sou totalmente contra isso – ela disse, durona, enquanto
levava o rapaz escada acima – Rick, o Thomas tá aqui pra falar com você.
-
Fala cara - Rick abriu a porta do quarto e foi logo surpreendido com um abraço
– é... tá tudo bem?!
-
Ah, sim... desculpa, é... que... eu só queria te agradecer.. – Thomas foi se
afastando.
-
Me agradecer? Pelo que?
-
Bom... é que... bom... a gente se fala mais tarde, preciso ir... – Thomas disse
corredor à fora, até descer as escadas e deixar Rick parado, sem entender nada.
- Gente, pelo amor de Deus, consegu
–
ele postou no grupo - nossa, tô muito
nervoso, mas consegui... agora é torcer pra dar certo.
***
Camila
e Maikão esperavam na frente da Igreja, ele mais nervoso que ela.
-
Calma amor, a Flavinha e o Thomas já disseram que deu certo, agora é só esperar
pra passar o vídeo.
-
Que tá com o Pedro. Será que ele conseguiu terminar de editar? Difícil, porque
a gente gravou hoje... ai Jesus, acalme meu coração!
Camila
ainda tentava acalmar o namorado quando Thomas chegou.
-
Ai... ufa... noss-ssa, tô muit-to nervoso. Mais nervoso de quando-do eu f-fui
conversar na prefeit-tura. Acho que não fiquei nervoso assim nem quando zerei
Super Mario, ou quando f-fui assistir O
despertar da força.
O
casal se entreolhou.
-
Do que ele tá falando? – Camila perguntou.
-
Sei lá – Maikão disse, e depois voltou-se ao rapaz que a este ponto estava
sentado nas escadas frente à Igreja – mano, vai lá, toma uma água que sua parte
tá pronta... agora é esperar o Pedro... que tá chegando aí – então Maikão se
dirigiu ao moço que estava chegando – e aí Pedro, deu certo editar o vídeo?
-
Oxi... deu, mas nem banho eu tomei pra dar tempo. Tá aqui – Pedro disse, com um
pendrive na mão, e entregou a Camila – agora é contigo pra passar no Datashow.
-
SHOW! – Maikão gritou, aliviado.
Os
quarto ainda esperavam na frente da Igreja quando Rick chegou.
-
Pedro, me ajuda aqu... Pedro?! – de repente não tinha mais ninguém ali.
***
O
festival já estava quase no meio, e umas quatro ou cinco bandas já haviam se
apresentado. Rick assistia a tudo dos fundos. Lorena sentara-se bem na frente e
ele quisera evitar contatos. Nos bastidores, o pastor conversava com Maikão.
-
Está tudo pronto? A banda está acabando e aí é com você.
-
Tá tudo ok, pastor, a Camila já tá la no PC e assim que eu der o sinal ela
libera o vídeo.
A
banda terminou de tocar e Maikão foi chamado à frente. Ele, que sempre tivera
medo de falar em público [a não ser quando era só com a mocidade] teve que
enfrentar as dificuldades. Tomou o microfone e não pensou muito.
-
Bom gente, eu queria chamar aqui pra uma homenagem a pessoa que sempre esteve à
frente desse Festival. Vem cá Rick!
A
plateia aplaudia enquanto o rapaz atravessava o salão pelo corredor central e
ia à frente. Lorena queria sair do saguão no momento, mas Flavinha a segurava,
até que não conseguiu mais. Lorena levantou-se com a muleta que estava usando,
apenas do lado esquerdo, e saía do salão pelo corredor lateral, quando foi
surpreendida.
-
E queria chamar a Lorena também, responsável por este festival!
Lorena
estava em pé no meio do corredor e não pôde sair com tantos olhares a fitando.
Obrigatoriamente, ela foi ao púlpito, ficando ao lado de Maikão e não do
namorado [ou ex, não sei, não sou capaz de opinar].
-
Como uma homenagem pra vocês, fizemos um vídeo... pode passar – Maikão falou à
Camila, que estava controlando o Datashow.
Então,
as luzes apagaram, e começaram a passar o vídeo que Maikão organizou pra gravar
no domingo mesmo, e Pedro passou o tempo que tinha editando. O vídeo eram de
várias declarações: do pastor, da dona Vera, Clarinha, os pais de Lorena e
pessoal da Igreja, comentando como os amavam e como eles formavam um lindo e
abençoado casal.
Lorena
segurava o choro de raiva e queria matar Maikão, mas não podia fazer nada na
frente da Igreja toda. Rick não entendia o que estava acontecendo, para ele,
aquele vídeo era a lembrança de uma vida que tinha acabado e que não voltaria
mais. Lorena jamais acreditaria nele.
Então,
chegou na parte em que todos estavam sentados lado a lado: Pedro, Maikão,
Camila, Flavinha e Thomas. Foi onde todos explicaram o que acontecera, como
Pedro e Maikão se equivocaram, e como tudo não passava de um engano. O casal
observava o vídeo atônito.
Então,
todos os amigos pediram perdão ao casal pelo vídeo e, antes que o vídeo
terminasse, Maikão encerrou: Rick, agora
é sua oportunidade de fazer o que ia fazer antes desta confusão... o que você
precisa deixamos no seu bolso! E o vídeo encerrou.
No
púlpito, Rick e Lorena ficaram cara a cara [Maikão já havia saído dali há um
bom tempo]. Rick, então, conferiu o bolso da calça e percebeu o anel de noivado
ali. Camila tomara o anel que estava escondido em sua casa, e dera para Thomas
colocar no bolso de Rick à tarde, quando ele o visitou e o abraçou.
Os
olhos de Rick estavam em lágrima enquanto ele observava o anel, então ele olhou
para a namorada, que também estava chorando. Ele ajoelhou-se e ia pedi-la, mas
não foi necessário. Lorena soltou a muleta e [praticamente] caiu nos braços de
Rick. Os dois se beijaram enquanto Rick a levantava do chão, e toda a Igreja
aplaudia fervorosamente.
Maikão
e os outros estava juntos, aplaudindo e pulando de alegria, quando dona Vera se
aproximou.
-
Parabéns, vocês conseguiram – ela dizia, chorando – conseguiram!
***
Enquanto
a penúltima banda ainda se apresentava, Rick e Lorena olhavam para o céu,
sentados na sarjeta da Igreja. Embora o pé esquerdo ainda estivesse enfaixado,
ela conseguia sentar-se assim, e assim os dois permaneciam, lado a lado,
contando as estrelas. Eles sentiam-se em paz, como se ambos tivessem saído de
um pesadelo que, por alguns momentos, havia os atormentado.
Não
demorou muito pra que eles não estivessem mais a sós. Pedro sentou-se ao lado
do amigo, com o olhar baixo.
-
Acho que te devo desculpas, né amigo? Não foi minha intenção causar tudo o que
eu causei.
O
casal olhou pra Pedro. Rick ameaçou que ia bater no rapaz, que assustou, então
Rick o puxou pra perto e o abraçou.
-
Você já tá perdoado, cabeção. Mas vê se não desconfia mais de mim, hein?! Sou
teu amigo, pow!
-
Ai que lindo ver meu casal preferido junto novamente – Camila e Maikão se
aproximavam, a moça abraçou a amiga e sentou-se ao lado dela, enquanto Maikão
sentava ao lado de Pedro – ai amiga, que bom que tudo se resolveu.
-
Ai Camila, me desculpa ter desconfiado de você e...
-
Xiiiu! Chega, amiga, deixa pra lá. Vamos esquecer isso – Camila sempre tivera
bom coração – vamos fingir que nunca aconteceu, e vamos prometer não desconfiar
mais uma da outra.
-
A galera lá dentro se descabelando de dançar na presença de Deus, e vocês aqui
fora?! – Flavinha se aproximava.
-
É, Flavinha, esses dias foram tão agitados que acho que a gente quer mais é um
pouco de sossego mesmo – Rick disse – senta aí também.
Flavinha
ainda estava sentando ao lado de Camila quando Thomas veio cauteloso.
-
O que vocês estão fazendo aí?!
-
Fazendo um pouco de nada.
Thomas
ficou em pé alguns instantes e depois sentou-se ao lado de Maikão.
-
Sabe, Rick, eu tava pensando, por que você escondeu de todo mundo que ia me
pedir em casamento? Tipo, até dos seus pais?!
-
Eu pensei que quanto menos gente soubesse, menos provável seria de você
descobrir e tudo dar errado. Mas nesse caso, definitivamente, menos foi mais –
e todos riram – mas que bom que tudo acabou bem
-
Mais ou menos, né? Eu não queria pensar nisso, mas eu disse pros meus pais que
ia com eles pra capital... agora não tem volta.
-
Na verdade, tem sim, Lorena – Camila disse – bem, você sabe que desde que a
gente terminou a faculdade, meus pais vivem insistindo pra que eu volta lá pra
minha cidade, e eu tenho insistido em ficar. Com essa crise toda, eles disseram
que não conseguem mais bancar meu aluguel e que eu ia mesmo ter que voltar pra
lá. Então, eu pensei que talvez você pudesse morar comigo. Seus pais bancariam
meio aluguel junto com os meus, e a gente dividiria a casa, que é grande, e as
contas!
-
Nossa, seria perfeito – Lorena disse, abraçando a amiga. Todo o pessoal em
volta comemorou, inclusive Rick, dando mais um beijo em sua amada.
-
Bom, eu acho que tenho que falar algumas palavrinhas... – Flavinha disse,
sentada na ponta. Todos olharam pra ela.
-
Mais do que falou nesses dias todos?! – Pedro zuava a garota.
-
Silêncio, bonito. Bom, vocês não sabem porque eu apoio a Igreja perseguida, e
nunca me perguntaram porque eu me mudei pra cá há pouco tempo. Pois bem, eu morava
na capital com meus pais e, bem, eles eram voluntários de uma ONG de apoio a
cristãos perseguidos e, há mais ou menos uns 7 meses, por causa de um dos
ataques que aconteceram lá no Oriente Médio eles... bem...
A
voz de Flavinha embolou na emoção. Todo o grupo a ouvia atentamente, e as
meninas já tinham começado a chorar. Flavinha também. A garota tentava secar um
poucos os olhos e controlar a emoção pra conseguir terminar.
-
Bom... eu vejo tantas Igrejas não lembrarem dos perseguidos. Só com meus pais
morrendo que eu percebi que a Igreja Perseguida é a minha família e que nós,
que somos livres, temos que enxergar e ajudar os perseguidos como se fossem
nossa família de verdade. Na verdade, eles são... Bom, quando isso aconteceu,
eu tive que mudar pra casa da minha avó, aqui em Ilha Solteira, e tive o
privilégio de conhecer todos vocês. Eu agradeço a Deus por vocês e por este
festival que vai ajudar famílias como a minha, que perderam pessoas que amavam porque
serviam a Jesus.
Mesmo
todos sentados sem saírem do lugar, eles tombaram e [meio que] fizeram um
abraço coletivo na garota, que ainda enxugava as lágrimas. Então foi a vez de
Thomas falar.
-
Eu queria agradecer a vocês também – o grupo voltou-se pro rapaz – se não
fossem vocês, hoje, talvez, eu estaria trancado em meu quarto na república,
jogando lol e mais nada. Vocês me ensinaram o que é ter amigos, como é bom
poder compartilhar sentimentos e se envolver.
-
Meus pais nunca se importaram muito com quem eu sou – ele continuou - a não ser
que fosse engenheiro ou médico, e tivesse muito dinheiro – então algumas
lágrimas começaram a escorrer no rosto do rapaz também [e das meninas... óbvio]
– quando eu comecei a frequentar a Igreja, e falavam tanto de amor, eu pensava
que não era verdade, mas vocês me provaram que é. Obrigado, meus amigos.
O
grupo fez um abraço coletivo no rapaz também. Thomas sentia-se parte de uma
família... o que ele não sentia há muito tempo. E ali, os sete ficaram em
silêncio por alguns instantes: Thomas, Maikão, Pedro, Rick, Lorena, Camila e
Flavinha, sem emitirem nenhum som. Apenas apreciando o sabor da amizade.
-
Rick – o pastor se aproximava – levantamos a oferta e você não vai acreditar –
o rapaz até levantou-se – arrecadamos mais de 2 mil reais só nas ofertas, fora
a cantina, Rick! E tudo irá para os perseguidos - Toda a galera levantou-se pra
comemorar [exceto Lorena, que precisou da ajuda de Camila pra ficar de pé,
claro] – bem mais do que esperávamos! Glórias a Deus! Eu acho melhor vocês
entrarem, o festival vai se encerrar daqui a pouco.
O
pastor entrou na Igreja e os jovens fariam o mesmo, caso uma van não parasse na
frente da Igreja. O motorista perguntou por mecânico, e Maikão se prontificou a
ajudar. As meninas iam entrando na Igreja, e os rapazes ficariam pra ajudar no
que fosse preciso.
Rick
se aproximou pra ajudar e quase teve um treco ao ver quem a van transportava.
***
Vinicius
estava pra encerrar o festival quando Rick se aproximou e cochichou.
-
Tem mais uma banda pra se apresentar...
-
Rick, você não pode mudar o cronograma assim, de última hora, esse festival é
sério e não pode ser... – Vinicius parou de falar ao ver quem se aproximava –
ai meu Deus! É quem eu tô pensando?
-
É sim... apresenta pra galera – e Rick saiu o púlpito.
-
Bom, pessoal... tivemos uma visita muito inesperada e de última hora e... bom,
pra encerrar o nosso 1º Festival do Céu eu chamo pra ministrar: Dany Grace.
A
Igreja explodiu em aplausos enquanto Dany Grace tomava o microfone e colocava o
pessoal pra pular aos primeiros toques de teclado da canção “Em alto som”. Os
sete dançavam no meio de todos os outros. Depois de tanta tenção, eles mereciam
poder pular e adorar a Deus em liberdade.
-
Como você conseguiu isso, Rick?! – Vinicius se aproximou.
-
A van dela acabou de quebrar na frente da Igreja e, como forma de agradecimento
pelo conserto que o Maikão vai fazer, eles decidiram se apresentar hoje aqui,
hahaha...
Enquanto
a música rolava, Rick e os outros viram o que jamais pensavam que veriam: Pedro
trocando piscadelas com Flavinha.
-
Ai meu Deus, é sério isso?!
-
Hahaha... eu espero que seja, man... minha prometida... hahaha...
E
assim eles encerraram a noite. louvando e agradecendo ao nome sobre todo nome:
Jesus.
E
o certo é que eles foram muito felizes, todos os sete, sem exceção. É claro que
tiveram problemas na vida, como, por exemplo, quando o fusquinha de Rick deu PT
no dia do casamento e ele teve que ir pra Igreja sendo carona da PM; mas, mesmo
assim, eles foram felizes, pois sabiam que Deus estava no controle de todas as
coisas.
Por
falar em casamento, todos em Ilha Solteira disseram que o casamento de Rick e
Lorena fora o mais bonito que a cidade já viu. Camila e Maikão também
casaram-se, um tempo depois, e é certo que Pedro e Flavinha firmaram um namoro
e, em breve, irão se casar também.
Thomas,
ao terminar a faculdade, passou dois anos de estágio nos Estados Unidos, e
depois voltou pra morar em Ilha Solteira, casado com uma americana que ama a
cultura brasileira.
Rick,
Lorena, Camila, Pedro, Maikão, Flavinha e Thomas, então, viveram suas vidas com
duas certezas: que problemas eles precisariam enfrentar e que Deus era com
eles, porque eles eram com Deus.
Rick,
Lorena, Camila, Pedro, Maikão, Flavinha e Thomas podem ser eu e você. Às vezes
somos sem noção como Rick, ou irritados como Lorena; podemos ser ingênuos como
Camila, desbocados como Pedro, maneiros como Maikão, elétricos como Flavinha ou
discretos como Thomas, não importa; o que importa é que precisamos andar lado a
lado com Deus e com as pessoas que amamos. De que mais precisaríamos para ser
feliz?
Abraço, Deus
abençoe você!
Denian Martins
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